Terapia com Amor

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Trabalho fora, e os filhos?


Sossego é uma palavra que não existe para a mulher que tem filhos e trabalha fora de casa. Os compromissos pessoais e profissionais são muitos e nenhum pode ser deixado em segundo plano. Mas a vida dessa mulher também não precisa ser traduzida em loucura total.Desde que a mulher ingressou no mercado de trabalho, ela se tornou também uma provedora, deixando de ser apenas uma gerenciadora da casa e dos filhos.

Essa transformação exige, para começar, que o homem, se o tiver por perto, também assuma o papel de gerenciador, assim como os filhos. Esse é o primeiro passo para a mãe que é trabalhadora e acha que deve conseguir dar conta de tudo. A mulher que se queixa de estar sobrecarregada normalmente é a que centraliza todas as obrigações. Ela sai para trabalhar, cozinha, cuida dos filhos, leva para a escola, confere o dever de casa, enquanto as outras pessoas da casa ficam na folga, mesmo os filhos que não ão treinados para ter autononia , ou os pais , que se eximem das tarefas educacionais e domésticas. Esse modelo de organização familiar é insustentável.

A seguir, outras dicas vão ajudar você, mãe-profissional, a se organizar de tal maneira que consiga dar conta, sem estresse, de todos os seus compromissos.

1. Descentralize as responsabilidades O lema é "se a casa é de todos, todos devem participar". Isso mesmo! Já foi o tempo em que a mulher cuidava de tudo sozinha. Agora, com a mulher com força total no mercado de trabalho, o homem e os filhos devem fazer a sua parte. E nada de vir com aquele papo de que o marido dá uma ajudinha. O homem precisa ser corresponsável. As crianças fazem parte de uma família e de uma sociedade. Por isso, o cuidado com elas não é e não deve ser uma obrigação só da mãe. É preciso aprender a cobrar isso das outras partes, como o pai, os outros familiares, a escola, o governo.

2. Faça uma revisão sobre o cotidiano da família Agenda lotada faz parte do ritmo da vida moderna, ao qual acabamos tendo de nos adaptar. Uma boa solução para isso é cada família revisar o seu cotidiano, de forma que todas as pessoas da casa dêem conta de seus afazeres e mantenham uma boa convivência. Como podemos aproveitar o tempo que passamos juntos? Como podemos conviver da melhor forma possível com o tempo de que dispomos? E essas respostas não podem ser determinadas apenas pela mulher. É importante que todas as pessoas da família possam ter boas ideias para atingir tais objetivo. Converse com marido e filhos e façam combinações interessantes para todos, sempre visando tirar o máximo proveito dos momentos em que estão juntos. Família reunida toda noite para o jantar? Televisão somente na sala? Computador na área comum da casa? As decisões devem combinar com o estilo de cada família, mas é interessante pensar sobre elas.

3. Use mais a Internet Se a Internet facilita tantas tarefas, por que não pode facilitar a vida da mãe trabalhadora? Pois pode, e deve! Pais e filhos podem se comunicar por e-mail e por programas de mensagens instantâneas ao longo do dia, a fim de manterem um diálogo constante e elevarem a qualidade da relação. A mulher que dispõe de Internet no ambiente de trabalho pode aproveitar a ferramenta para monitorar o filho, instruí-lo, tirar dúvidas da lição de casa. É uma forma de estar presente.

4. Tenha um bom acordo com a empresa Não adianta negar. A mulher que tem filho, mesmo dividindo responsabilidades com o marido, vez ou outra terá de se ausentar do trabalho por algumas horinhas para ir às reuniões de pais, a alguma apresentação do filho, ou ainda no caso de alguma doença ou outro problema. Faz parte da vida de qualquer pessoa e muitas empresas estão conscientes disso. O importante é você se certificar de que este é o perfil de sua empresa. Há flexibilidade de horários? É possível compensar o horário ao longo da semana caso você precise chegar um dia mais tarde? Felizmente, muitas empresas estão mais preocupadas com a boa qualidade de vida familiar de seus colaboradores.

5. Faça do prazer pelo estudo uma realidade da casa. Isso vai ajudá-la a ter de cobrar menos dos seus filhos para que ele estude, faça as tarefas, ou seja, você vai poder ficar menos na cola dele e vai usar esse tempo para outras coisas. Se a criança crescer em um ambiente onde o prazer pela leitura, pelo perguntar e pesquisar é constante, provavelmente não vai precisar de um adulto no pé para fazer as tarefas da escola. Procure mostrar como descobrir coisas novas sobre o mundo que nos cerca é acima de tudo prazeroso e enriquecedor. Isso se faz no dia a dia, nas situações mais corriqueiras, e também por meio de exemplos.

6. Cuide-se! Muitas vezes a gente se esforça tanto para ser uma boa mãe, que acaba esquecendo que bom mesmo é ter uma mãe feliz e saudável. Para conseguir desempenhar todas as suas funções, de mãe, profissional, mulher, você precisar ter saúde e estar em paz consigo mesma. Por isso, cuide-se! Alimente-se bem, faça exercícios, cuide de sua aparência, faça terapia. O seu estado de espírito e a maneira como se sente poderá se refletir nas suas muitas outras atividades.

7. Dê autonomia aos filhos Uma coisa não vai mudar nunca: crianças precisam de proteção, carinho, atenção e muitos cuidados. Mas isso não quer dizer que elas sejam totalmente dependentes dos pais (tampouco da mãe). As crianças são mais capazes do que a gente imagina. Basta abrir uma conversa clara com elas para se perceber o potencial que têm para ser aproveitado. As crianças estão mais atentas e mais inseridas no mundo do que em outras gerações, quando não tinham contato com conversas de adultos, com noticiários e com tudo que a Internet e a televisão oferecem. Assim, procure escutar mais o que seu filho tem a dizer, dê a ele liberdade para resolver suas coisas, valorize as suas ideias, e veja como isso vai refletir positivamente também no seu dia a dia.

8. Mantenha a calma Não se culpe tanto, não se estresse tanto, não enlouqueça. Cobrar-se demais não leva a lugar nenhum, só a um nível de estresse que é prejudicial para a sua saúde e para as suas relações, sejam elas familiares ou profissionais. Procure resolver uma coisa por vez, e não ache que você tem de ser melhor em tudo.

9. Aproveite os finais de semana Nada de levar trabalho para casa sempre. Procure não desperdiçar as poucas horas de folga que você passa ao lado de seu filho. Nesses momentos, conversem, troquem afeto, leiam, passeiem, interajam, assistam a um bom filme, enfim, garanta a atenção que ele merece receber e que você gostaria de poder dar durante outros dias da semana, mas que nem sempre é possível.

10. Tenha sempre pessoas de sua confiança por perto- Não se trata de delegar para terceiros a Educação do seu filho, mas sim de saber que pessoas responsáveis e preparadas estão cuidando dele enquanto você e seu marido trabalham. Tenha certeza de que o colégio em que ele estuda tem bons profissionais e pessoal suficiente para cuidar de todas as crianças. Antes de matriculá-lo, visite a escola quantas vezes for necessário, até se sentir segura. Relacionar-se bem com vizinhos também pode ajudá-la num momento de apuro, como ficar presa até mais tarde no trabalho e ter de pedir para alguém buscar o seu filho na escola. Procure conhecer também os pais dos coleguinhas de seu filho. Certamente, vocês vivem situações parecidas e podem montar esquemas em que um ajuda o outro.

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