Terapia com Amor

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ATRITE-SE


ATRITOS


Roberto Crema

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.



Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.


É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.


Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas



Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.



Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...


Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.


Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.


É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.


Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar


Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.


Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...


E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Começamos o ano!!!! vamos a busca de viver feliz!!


Rsrsrsrrs, só pra rir um pouquinho!!
Recebi esta mensagem abaixo da amiga Celia e achei-a pertinente para o nosso ano baiano que inicia neste pós carnaval. Leiam e compreendam como se pode comquistar bem estar, bjs Claudia Aguiar

MEMÓRIA CURTA Lena Gino

E aí a gente vai largando as chaves, o celular, o papelzinho com o telefone do marceneiro… E nunca sabe onde deixou. Onde foi mesmo que eu larguei a caneta? Hum, eu conheço aquele cara não sei de onde… Como é mesmo o nome dele?
Você é assim também?
Memória fraca, né?
Será que é a idade que vai chegando…
Ou será sabedoria?
Eu gosto de deletar certas coisas da mente.
Se a gente descarta alguns pensamentos, é porque eles não são importantes mesmo.
Outro dia eu esbarrei numa pessoa no shopping.
Olhei, olhei, e senti que aquele rosto era familiar.
Cumprimentei educadamente, mas não parei para conversar.
Acredito que o meu sorriso foi o suficiente pra disfarçar o esquecimento.
Horas depois, em casa, bingo!!!
Lembrei de onde eu conhecia aquela cara.


Foi alguém do passado que me magoou.
A gente brigou e nunca mais se viu.
Senti um alívio danado por não ter lembrado da mágoa naquela hora.
E descobri que memória curta não é coisa da idade, não…
É sabedoria mesmo.
Esquecer um ressentimento é coisa de gente grande.
Gente de bem com a vida.
Gente que não se ocupa de remoer mágoas.
Essa coisa de lembrar só o que é importante e feliz é a tal memória seletiva.
Coisa que todo mundo deveria fazer.
O mesmo com os olhos e ouvidos…
Ouça e veja só o que faz bem pra alma.
Sabedoria pra mim é isso:
Ficar esquecido de episódios tristes.
Surdo de ruídos nocivos.
Cego de visões distorcidas…
Enquanto a memória falha, eu vou ficando melhor como pessoa…
E lembrando apenas do que vale a pena.
Do que é necessário. Só o essencial.
Confesso que esqueci onde larguei a chave do carro…
Mas eu lembrei de uma coisa ótima:
Não tenho a menor idéia do que me aborreceu ontem…
Porque hoje eu estou muito feliz!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Reboletion?! Claudia Aguiar


"Já é carnaval, Cidade, acorda pra ver!!", asim proclama o artista Gerônimo e nós podemos vivenciar esse momento. Salvador já vive o carnaval.
È um momneto lindo de diversidade cultural, racial, social, sexual. O mundo se mistura aqui. Se não fosse os cordões dos blocos, poderiamos dizer que Salvador vira o Planeta sem Fronteiras. A música é compartilhadada nas vozes de brasileiros de toda parte e dos turistas estrangeiros que cantam com seus portunhól e potuglês, mas ainda antecedem essa demonstração de unicidade nos gestos corporais das danças rebolantes em que se apresentam um ao outro e se reconhecem na dança da vida.
Não tem branco, nem preto, nem homo, nem hetero,nem estrangeiro, nem brasileiro,tem é gente gostando de reconhecer-se no outro como Gente.
Ah!! e o rebolation!!! incitando a este movimento bem brasileiro de mexer com os quadris , o que nos leva a contemplar a liberdade , a malemolência e criatividade . Êta povo bom!!! sabe tudo, mas ainda não sabe que sabe!!!
Tudo é lindo? não sei, mas brigar não é parte do todo? no espaço do reino que presenciei tinha umas 50.000 pessoas visíveis a este olho e só vi duas intervenções policial. A sombra existente parece que está menor que o prazer deste momento unificado. Êta povo deliciosamente contemplante!!
Fico feliz de fazer parte desta festa soteropolitanamente planetária,. Que o prazer do reconhecimento no outro se mantenha iluminado na mente, no coraçao e no rebolado . E que comungue todos os rebolationeiros!!!
Feliz Carnaval!!