Terapia com Amor

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A morte, rupturas reais


O músico Bruno, do Biquini Cavadão perdeu sua ex mulher e seu filho. A rede social tem o poder da quarta dimensão, não tem tempo e nem espaço. Tudo é rápido como a velocidade da luz, portanto sugiro que com este poder nas mãos,a rede social, possa gerar uma força de oração para Bruno, A LUZ que ele precisa neste momento para respirar, pois deve estar sufocado pela dor, oremos para que ele CONTINUE a VIVER

Claudia Aguiar

A dor de Bruno é a dor de muitas pessoas que vivem ou viveram o drama da perda de pessoas queridas. Quando é alguma celebridade esta dor fica mais exposta, portanto podemos ve-la com um espectro maior. Mas os sentimentos são uníssonos a todos que passam por essa experiência. Podemos ser espiritualistas, espíritas, reencarnacionistas, mas quando o corte é feito, não tem como se manter inteiros. A experiência é de ruptura: do convívio, do toque, do diálogo, do olhar, das sensações,de sentir corporalmente o outro.Não estou negando o espírito, estou falando de SER HUMANO. Claro que acreditar em outro plano espiritual, traz um conforto e algumas certezas(?) da eternidade, mas a dor da ruptura FICA. A saudade, as lembranças, a vontade de estar próximo fazem parte do processo da ruptura e da dor. O tempo com sua sábia ordenação vai amenizando essa dor, distanciando as lembranças, a imagem, oferecendo novas experiências que ressignificam os laços cortados, possibilitando viver em uma nova estrutura vincular.Fácil? penso que não.Leva um bom tempo para viver o luto, chorar o corte, distanciar as lembranças, sustentar a perda.
Passa? aprende a viver sem, aprende a viver com outras escolhas.E o vazio deste vínculo? é o preço que pagamos pela nossa mortalidade e materialidade.Por isto que pregam tanto o desapego e a consciência da impermanência, como falam os budistas.
Também já vivi muitos cortes, muuitooss.Alguns estão mais elaborados, outros ainda convivem comigo, mas tenho o TEMPO, e confio na sua sábia companhia curadora,e se não for nessa vida, pode ser em outra ou outra , afinal, acreditar neste reencontro também faz parte da funçao reparadora da dor.