Terapia com Amor

domingo, 11 de agosto de 2013

COERÊNCIA CARDÌACA- BIOFEEDBACK

Alguns anos atrás tomei conhecimento do trabalho de um neurologista que passei a transmitir aos meus pacientes e também aos alunos da época. Trata-se de uma técnica muito útil para acalmar a ansiedade e/ou estabelecer uma comunicação amigável (dr. Portner chama de empatia) em momentos em que precisamos estar no controle da situação, como por exemplo: realização de alguma prova escolar, atendendo um cliente para o qual queremos vender um produto, pedindo aumento para o chefe, etc. Sendo o dr. Portner um cientista (cartesiano?), ele diz que a técnica desenvolve a intuição, contudo intuição é outra coisa, digamos mais transcendental. Vou dar um exemplo do que é intuição: Eu tinha uns 14 anos mais ou menos quando voltando para minha casa, estando já no lado da rua onde a mesma se situava, inesperadamente (sem pensar) atravessei a rua para o outro lado. Exatamente quando cheguei à calçada oposta ouvi um forte barulho e me virei para o lado de onde tinha vindo e vi um cabo de alta tensão chicoteando no chão exatamente onde eu iria estar passando. Parece que me salvei da morte. O que me fez atravessar a rua sem nenhum motivo aparente? Resposta: intuição. Agora, nenhum nervo vago poderia saber que o cabo ia rebentar e cair ao chão. Nosso cérebro não tem tal capacidade, não é? A intuição é algo que não se encontra no cérebro, está um tanto além. rsrs Segundo o dr. Portner: “Desde que foi possível demonstrar que o nervo vago controla o sistema límbico cerebral a partir do coração, certos aspectos do comportamento humano ficaram mais claros. O nervo vago do coração — quando ativado — desenvolve a intuição porque: •além de modificar o ritmo cardíaco através da influência sobre o coração, o vago possui uma comunicação direta com o cérebro. Portanto, funciona nas duas direções; •é o vago o responsável pela ativação involuntária dos músculos faciais, fazendo com que eles assumam um tônus empático enquanto a "mente fala"; •o vago engendra um atalho por fora da temível amígdala cerebral (que organiza as reações simpáticas ligadas à ansiedade) e prepara as zonas límbicas para "perceber" idéias intuitivas; •é o vago quem permeia as conexões com o hemisfério direito, o lado criativo e artístico do profissional; •é da unificação do ritmo do coração com a expressão facial e a criatividade que surge a intuição.” (http://portner.sites.uol.com.br/mago/fisiologia.htm) Bem, o nervo vago não é responsável e nem desenvolve a intuição, mas a técnica ensinada pelo dr. Portner alivia a ansiedade sim, já comprovei pessoalmente e as pessoas a quem a ensinei disseram o mesmo. Então vamos transcrever uma parte do e-book do dr. Portner que explica como a coisa funciona: “Sempre que o cérebro percebe uma situação de estresse, a amígdala (cerebral) é posta em controle. Ela, então, provoca algumas reações específicas. Primeiro, a batida do coração se transforma em uma batida acelerada. Durante estresse, a amígdala aumenta o número de batidas do coração. Ele também reduz a regularidade entre as batidas. A batida do coração é, primeiro, levemente acelerada; depois, a amígdala estabelece uma oscilação levemente irregular entre as batidas. (...) A amígdala é uma das zonas mais autônomas do cérebro humano. Ela age quando quer e do jeito que quer durante a maior parte do tempo. (...) Conseqüentemente, você pode silenciar a amígdala com o poder do coração. E você faz isso de forma muito simples. Você usa a sintonia do coração antes de começar a conversar com o cliente. Primeiro, durante uma pequena fração de tempo, você busca sentir (não é ouvir, isso é quase impossível) o coração que bate em seu peito. A segunda coisa a fazer enquanto você presta atenção ao coração é respirar com um ritmo um pouco mais lento que habitual. Você inspira contando até dez e expira contando novamente até dez. Contando devagar. Isso vai resultar em ciclos que duram cerca de dez segundos. O que vai dar entre aproximadamente seis e oito respirações por minuto. O efeito de respirar devagar enquanto você desloca a sua atenção para o coração é de grande importância. Nenhuma outra combinação tem o poder de acalmar a amígdala em tão pouco tempo. No exemplo abaixo, obtido pelos pesquisadores do Institute of HeartMath, a metade esquerda é de uma pessoa em estado de “trabalhar conforme dá” e a metade direita é aplicando o exercício de “sentir o coração e respirar devagar”. Veja a diferença.”