Terapia com Amor

domingo, 8 de novembro de 2009

A Baianidade



Estava em um curso de terapia e a coordenadora , falando sobre os conflitos grupais, informa que na sua atuação profissional há 40 anos na área, principalmente aqui na Bahia, , é freqüente a intolerância dentro das instituições nas relações profissionais. Fiquei pensando e questionei: interessante, porque o baiano tem uma persona como cidadão que ele é muito agradável aos olhos do turista que chega por aqui, e este mesmo baiano vive esta intolerância na vida cotidiana, É um grande paradoxo. Como será isto : Baiano que se mostra tão amigo para o outro que chega,a qual ele não tem vínculo, e se mostra tão inoportuno com este colega onde é necessário manter o vínculo, inclusive para existir uma CONvivencia pacífica ? Da onde será que aparece esta forma dual de ser? Será que é a sombra e a luz que Jung nos mostrou? está no incosciente coletivo este padrão de comportamento?
Fazendo uma retrospectiva histórica, sabemos que a Bahia foi a porta de entrada para os colonizadores portugueses, que vieram como principal meta, extrair as nossas riquezas e que nos deixou como herança moral, o oportunismo, a corrupção, a exploração, a humilhação(com os negros e índios), a desqualificação, a manipulação. Bem, se recebemos em primeira mão todas essas referências morais, provavelmente nossos ancestrais ficaram carregados tanto energeticamente, como geneticamente . E esses conteudos vão se passando de geração em geração, muitas vezes sem questionar o que pode fazer de melhor. Dessa herança vem a sombra da competividade, do oportunismo e da falta de ética. Ao mesmo tempo, temos uma herança africana de luta, sobrevivência , superação, força, musica, dança, culinária, agregação, mas que ocasionou muita raiva naqueles que sofreram tanta humilhação. E tudo isto impresso no código genético e na força dos antepassados, onde nós hoje somos seus representantes encarnados. A Bahia sendo a porta de entrada desses conteúdos e das raças e posteriormente , o estado onde tem o maior número de negros no Brasil, podemos deduzir como hoje somos composto de tantas dualidades.
Talvez devêssemos entrar em contato com A Força e superação da nossa raça negra , e aprender a perdoar áqueles que provocaram tanta dor, para que assim esta fusão de raiva, oportunismo, competividade sejam dissolvidos do nosso DNA e possamos viver na Luz do que somos melhores: a arte, a musica, a dança, a agregação. Não precisamos mostrar para o “estrangeiro” (mesmo nossos brasileiros de outras regiões) que somos ótimos, não precisamos deste reconhecimento. Precisamos é nos reconhecer como ótimos de nós mesmos, no perdão da dor, na consciência de um ato moral responsável, no entender o sentido de toda esta profusão para chegarmos a sermos quem somos.Mudar o Código genético das mazelas por um novo Código onde pode-se dizer: o Baiano nas suas relações cotidianas vive com muito apreço pelo seu irmão português, negro e índio, por causa disto, lá todos são BEM VINDOS!!!!

Um comentário:

  1. Querida!!!!

    Foste neste exato momento um instrumento de Deus. :¬)

    Concordo que precisamos mudar o nosso código genético das mazelas por um novo código, mas estamos tão enraizados em movimentos constates rotacional que fazemos em relação a uma moeda, somos solícitos, amigos, receptivos, cheios de boas intenções, quando precisamos causar uma boa impressão e “o oportunismo, a corrupção, a exploração, a humilhação..., a desqualificação, a manipulação”, quando para benefícios, ganho... passando pôr cima de tudo e de todos ou vice-versa.

    “Eu tenho um sonho” o perdão(remissão de culpa, dívida ou pena; absolvição; indulgência; desculpa...). em uma projeção futura será uma solução para problemas tão imediatistas. Quando deixaremos de olhar para nosso próprio umbigo?

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