VIOLÊNCIA E PODER

Claudia Aguiar

Parece que estamos na ERA da Violência e do Poder. Meio que misturados um ao outro, como se estivessem se sustentando e permanecendo.
Vivenciamos no nosso dia dia situações em que o poder e a violência vêem juntos, causando desconforto e reflexão sobre como lidar com esses aspectos.
Segundo o psicólogo Pedro Rozario, : “ A violência, quaisquer que sejam as suas motivações e justificações, é sempre incompreensível. Faz-nos sentir o amargo sabor da derrota da arte de bem conviver. A um nível micro, entre amigos ou na família, ou macro, entre organizações ou estados, a violência tem sempre como substrato o poder. O meu querer que se impõe, tentando esmagar outros quereres que eu não concebo nem tolero que existam. Isto não ocorre só a uma escala onde as bombas e os tiros tomam conta dos acontecimentos. Os grandes conflitos têm sempre na sua génese pequenas beliscadelas”.
E são tantas beliscadelas imorais e insensatas, que eu me pergunto: como estamos vivendo? Nós somos Centelhas Divinas e ou ainda somos predadores animalescos que pelo cérebro reptiliano busca ser bicho como condição humana?
Vivemos a violência moral, que denigre a dignidade do outro para sobressair a função poderosa de quem determina as regras e condições de convivência. Utilizando de um ego inflado desconstruído de possibilidade de empatia, cuidados , solidariedade , para sobrepor através do poder e com fissuras de violência a moral do outro. Os psicopatas estão por ai, revelando em cada momento a sua face manipuladora, e muitos são considerados pessoas de “boa família”.
Entramos na violência psicológica, envolvendo pessoas com debilidade estruturante que se submete a esses indivíduos que promove no outro a desqualificação, a baixa auto estima, a desvalorização de quem é, se apoderando da vida deste outro para submeter aos caprichos desses que estão doente por se sentir mais, maior, melhor do que o outro.
E a mais vil das violências, nos debatemos com a violência fisica. Em que o violentador, na sua máxima força descontrolada se apodera do outro para que o corpo seja debilitado, massacrado, humilhado , provocando o ápice da dor física, onde somos mais vulneráveis, pois é na dor corporal que experimentamos a sensação da morte, da decomposição, do sangue que jorra fora , da dor que fragiliza e dificulta se suster. E o violento, no seu sentido de poder, se sente vitorioso pelo massacre feito ao outro.
Ok, vamos olhar para todos esses aspectos , vamos dar uma explicação psicológica, filosófica, antropológica, religiosa para todas as situações vigente .Mas o individuo que vivenciou a violência , com certeza está frágil e precisa se cuidar para não deixar ser contaminado pelo MAL do outro. Nós não podemos deixar de nos indignar ao nos deparar com este MAL, pois devemos usar a FORÇA da ORAÇÂO, lembrando que o PODER é do DIVINO, e sinalizar, contestar, conhecer, se educar, se aprimorar , atuar e ter a percepção de “cortar o MAL pela raiz” .