Terapia com Amor

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Deus é Amor


Deus é Amor - Ruy Espírito Santo

Tal afirmação permanece através dos tempos na mente e no coração dos homens de todas as raças e religiões.
No cristianismo tal assertiva se personifica em Jesus Cristo.
Aquele que encarnou o Amor.
O Filho de Deus.
Aquele que nos ensinou a dizer “Pai Nosso”...
Se o Deus Pai de Jesus Cristo é nosso Pai, nós também somos Filho de Deus.
Ora, se Deus é Amor, nós pela filiação divina também o somos.
A Bíblia afirma que o Homem é a Imagem e Semelhança de Deus.
Assim, temos a convergência de duas afirmações.
Se nossa identidade profunda é o Amor, por sermos Filhos de Deus, daí resulta a nossa liberdade.
A liberdade dos Filhos de Deus...
A liberdade é sempre fruto do Amor.
Desaparecem leis ou limites porque em seu lugar surge a infinita comunhão daqueles que amam...
“Sejam Um como Eu e o Pai Somos Um”, nos diz o Evangelho.
Dentro da Comunhão a liberdade é plena e é sua decorrência...
A busca do nosso Sentido (ou a busca do Amor) é a busca da liberdade ou libertação...

Libertação de todos os medos:
Dos ídolos...
Das divisões...
Da rotina...
Da máquina...
Da técnica desumanizante...
] Dos extremismos...

A liberdade começa a ser vivida com a descoberta do Amor.
Amor gratuito
Incondicional.
Que ouve...
Que espera...
Que se debruça...
Que dá o lugar...
Que se alegra com o bem.

Nascer de novo é uma expressão muito rica do Evangelho.
Nascer de novo significa amadurecer para o Amor...
Significa saborear a liberdade.
Significa o Encontro com o Outro.
Significa o nascer para o Espírito...

Todas as coisas se fazem novas
Quando olhamos com real Amor
Sentindo a ternura do Criador em cada rosa...
Em cada dia de sol
Ou noite estrelada...

Tudo se faz novo quando conseguimos trazer de volta
O sorriso das crianças
O brilho nos olhos dos velhos
O estender de mão ao Outro que passa por nós...

A libertação envolve também aspectos externos
Libertar o Outro...
Libertar da fome...
Da miséria...
Da doença...
Do frio...
Da solidão...
Da prisão...

Muitas vezes esquecemos esta dimensão
E são dois momentos da mesma realidade

De nada adiantaria dar comida, sem amar
Arrancar da miséria, sem acolher
Curar, sem ternura
Vestir, sem abrir os braços
Arrancar da solidão, sem conviver
Tirar da prisão, sem abraçar...

Enfim, de nada adianta nosso trabalho no mundo, se o Amor não lhe der forma
São dois momentos da mesma verdade:
Amar com gestos concretos
Agir com Amor...

Cabe uma pergunta:
Como realizar tudo isso se são tão poucos os “acordados” para o Amor?
Que posso eu?
Diante dos bilhões de dólares de armas, a cada ano?
Da loucura do consumo desenfreado?
Do lixo vindo diariamente pelos meios de comunicação?

A resposta a estas e outras tantas perguntas similares que poderíamos fazer é:
O grande Mistério do Amor e da conseqüente liberdade é a sua gratuidade...
Ninguém “obriga” o Outro a Amar e, portanto a “ser livre”...
Nenhum sistema político abre “por dentro” a espontaneidade de um sorriso...
O mistério de serem tão poucos os que realmente Amam
Passa pela profundidade que isso implica...
O “Nascer de Novo”, “Nascer para o Amor” é um parto que não vai doer na mãe, mas no “nascituro”...

Jesus Cristo foi chamado de “louco” e finalmente crucificado, porque pregava e vivia tais coisas...
Apesar de seus poucos apóstolos, os “grandes” do mundo sentiam o perigo representado pelo “Amor” e pela “ Liberdade” decorrente...
Os adeptos do ódio, da violência e das divisões tentaram “liquidar” essas dimensões pregadas pelo Cristo...
Não conseguiram...
Ao contrário, “os tempos” começaram a ser contados novamente, a partir de Jesus Cristo...
O Amor foi anunciado a todos pela ressurreição de Cristo: o grande temor humano – a morte- foi vencido...
A Luz, ainda que “pequena chama” sempre quebra a escuridão...
A verdade ainda que abafada jamais permitirá ao erro sua permanência...
A vida jamais perderá para a morte...
A paz que jorra do coração de uma criança será um dia perene para aqueles que com ela se fizerem crianças também...

Nisso tudo eu creio
Tudo difícil de dizer
Ou de escrever
Ou de viver
Mas vital que seja gritado numa hora difícil, em que as sombras se agigantam.

Abram os olhos para o universo
Ou mergulhem no infinito microcosmos
E vejam que os limites da Vida jamais serão esgotados por todas as bombas presentes ou futuras...
Por último, nunca esquecer uma derradeira frase de Jesus Cristo, durante a crucifixão, referindo-se a seus algozes:
“Pai perdoai porque eles não sabem o que fazem”...
Sim, somente ignorância conduz tantos a “fugir” do Amor!

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